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Ilha da magia

​ Do morro das aranhas ao morro da cruz, eu só não quero que essa sensação morra. É tão bom. Com um grunge de fundo tão familiar que me sinto em casa. O som que combina com sua voz grave e rouca de manhã, que combina com meu sorriso e com a minha surpresa de tantos elementos do meu gosto, tão particular, juntos. Sua gargalhada fácil como sua bermuda da Thailandia. Seu gosto pela vida ao falar de lugares que ainda não vi me salivam a mente. Você tem a peculiaridade de uma sensibilidade engraçada, no gosto por um incenso ou em um budinha feliz que te puxa um pensamento. Seu olhar em ondas como o mar de matadouro, de cor tão viva, mas que não cheguei a mergulhar...ainda. Seu tronco feito arte rupestre espontânea e natural, totalmente anatômico, autêntico, carregado de histórias e segredos. Ilha da magia. É como dizem, não é? Seu hábito forte no jeito falar; ironiza, arregala um pouco os olhos, esboça uma quase careta interpretando e depois ri. Não preciso nem de um dia inteiro de convivên...

Stupid things

Sometimes things do happen for a reason. But it can be a stupid reason. It was surprising how a day could feel like ages when I was at home with you in the room across the hall. How many times the loud music tried to filled the void of our missing words left when we thought “there is nothing less to say”. We kept living, and leaving home as much as we could. We had to be busy, occupy our days and life with something else, with someone else, with more and more stuff. Stupid stuff.

Calo

Acho que vou... Já vou tarde? Se fico ou se vou Qual mais arde? Podia ser diferente Mas a mente confunde a gente Mas juro! Sou inocente! No fim, a gente se entende... Eu acho que você entende Talvez num saiba bem o que faz Mas percebe que mesmo que tente Não tem como voltar atrás Não deu Porque não dá Não dou Era tudo combinado Estávamos alinhados Mas algo deu errado Silêncio e nós abraçados O que fazer no meio de tanta confusão? Onde o sim também pode ser não? Na calada Me calo E me vou

One thing

Acho que vou... Já vou tarde? Se fico ou se vou Qual mais arde? Podia ser diferente Mas a mente confunde a gente Mas juro! Sou inocente! No fim, a gente se entende... Eu acho que você entende Talvez num saiba bem o que faz Mas percebe que mesmo que tente Não tem como voltar atrás Não deu Porque não dá Não dou Era tudo combinado Estávamos alinhados Mas algo deu errado Silêncio e nós abraçados O que fazer no meio de tanta confusão? Onde o sim também pode ser não? Na calada Me calo E me vou

Encrenca

Não me venha com esse golpe baixo, enfiando sua barba no meu pescoço, me deixando nesse enrosco. Você já vem com seu braço me dando a volta na cintura,  me segura; me olha de cima e me apura. Me olhando a fundo, desnudo, por alguns segundos não posso nem olhar pro lado. Danado. Vem manso, de canto, não resisto, me encanto. "ahh menina" penso sozinha, com meus pares de meia "não deixa tua serenidade desmanchar... estamos bem, vamos assim!". Corto um ou dois pensamentos, que nem sei quais são porque nem os deixei nascer. Olhando pra você, sorrio de canto, me ajeito, sem jeito... Penso em falar algo, qualquer algo, mas não me sai uma palavra falha. Meus olhos falam por mim "não me olha tão nos olhos assim porque eu adoro e desse jeito fica tão difícil fugir". Soletro um suspiro na minha mente, mas prendo o ar. Confusa, me usa, não nego, me amassada, me embola, me enrola. Bora passear, vamos respirar um ar. Ei, nem vem com essa carinha de cachorrinho sem do...

Felina

Ei guria, me balança me pendura Que bagunça! Ô guria! que saudades que ternura Ainda lembra, guria? Do nosso riso solto sem sentido, afoito? Ai guria... o tempo estica e se esquiva Me belisca! É guria Sete vidas tem o gato nossa trama em retrato Será guria? a vida um grande espetáculo contados em um quarto de século?

Eminência

Deixo que pipoque lembranças de cada toque avalanche em dupla potência sintonia de frequência Inunda de prazer a eminência sensação feito baque que o desejo emplaque e supra essa pendência Cultivar a aderência Só aumenta a cadência do batimento rítmico festival químico Em lúcida evidência vontade soma estoque efervescente bivalência tudo entra em desfoque A nível de urgência vamos abraçar a liberdade fazer o que se tem vontade e tomar a providência Embalados na possibilidade espontâneo magnético trio agindo por causalidade transpirando em calafrio

Like a virgem kiss

Lying on the bed, enjoying the warmness of his hug. He makes me so calm, but when I feel his breath, mine accelerates. His fingers running into my skin seems like a first touch... I shiver. I feel his lips touching mine softly, slightly wet... slowly numbing me. It feels like is the very first time. His mouth is so close to mine that I feel the humidity in the air we share. He rubs smoothly his lips against mine making all the butterflies in my stomach move suddenly. Lips slipping in each other, rehearsing a kiss but not literally doing it yet. We have all the time we want...there is no rush, there is no waste. Our body start getting restless until I can actually feel his tongue coming inside my mouth. Our hips press together, clinging together. Our blood start boiling, I can feel it... he is so hard in my thigh and I'm so hot in between. We move our bodies in a automatic way, freely... whatever we feel like. We rub, press, pull - without any thoughts, completely immersed in that s...

Peixe fora d'água

Peixe raçudo. Do tipo que pode viver por muito tempo fora da água. Mas chega uma hora que o ar começa a faltar. As cores perdem a vivacidade quando não se respira bem. São Paulo, minha querida São Paulo, começa a desbotar comigo. Dia chuvoso, centro de São Paulo, eu ando sem norte na esperança de encontrar ela mesma. Tudo parece me entristecer. Não vejo sentido nas coisas, as pessoas não param de repetir o termo "milionário" sendo que não tem um tostão de compaixão no peito. Farta de pessoas hipócritas, que chego a me sentir tola em insistir que as coisas podem ser melhores com a nossa doação: de tempo, esforço, amor. É ácido. No lugar da água cristalina que reviveria esse peixe ressecado as toxinas vão correndo toda sobriedade. Tontura, náuseas. O corpo rejeitando a existência azeda. Desconfigurado ou apenas cansado de se debater em vão no chão frio e vazio, este peixe só precisa voltar para suas águas.

Ainda somos os mesmo, mas tão diferentes de antes.

Me sinto quase ridiculamente frágil se olho sem desvios para você, ao ponto de deixar meu cérebro entender que sim, é você mesmo que está bem ali na minha frente – uma mesa ou um câmbio automático de distância. Se olho ao ponto de focar suas pupilas, sempre tão impetuosas absorvendo toda a luz para você... isso me soa tão injusto.  A vida realmente escorre por dentre nossos dedos e nós estávamos a segurando tão firme em nossas mãos, não era?  As chances são circunstâncias ainda mais efêmeras que a vida que estamos vivendo agora. Se 5 minutos poderiam ter sido vitais para aquele que morreu sufocado, 5 anos podem ter sido mortais para um amor dolorido por descompassos brutais.  A notícia boa é que tudo muda o tempo todo e tudo pode ser revisitado de uma nova forma. Me doí também dizer, por toda nostalgia inevitável que você me revira... é tão autêntico, sentimentos reais – eu que já neguei tanto ao longo da vida que eles me habitavam, mas sou incapaz de negar agora...