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Mostrando postagens de fevereiro, 2014

Platônico Reciproco

Estamos reinventando o platônico.  E sem nome do sentimento que vem na frente porque este não precisa necessariamente de uma definição. Nesse caso, ainda menos. Já que não chega a ser, algo que realmente seja. O platônico aqui não é porque só vem de mim, ou só de um lado. Ambos sabem. Ambos sentem. Ambos querem, mas o querem assim. Platônico porque ambos querem que não aconteça. Talvez o interesse venha justamente pela certeza de não ser. E sendo assim, ele – esse sentimento indefinido, sem forma, sem data, sem pressa, sem começo e porque não, também sem fim? – é platônico. Platônico no sentido que nunca virá a ser mais que isso. Mas um interesse comum em reparar no que o outro fala, e ter certa curiosidade nos pensamentos da pessoa. Um quase desejo que não é, porque um sorriso de admiração vem antes. E só. Por isso, platônico. Platônico por que se vive às vezes uma coisa ou outra em sonhos. Mas a realidade é muito menos espontânea. Platônico simultâneo de olhares que não se cruzam, m