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"Sent" ou morte

O ímpeto humano é crítico. Crítico a tudo, mas sobretudo ao porque sente - não ao porque pensa. Pensar surge como que num ato de orgulho - pensando ser instinto - sendo em verdade mero vício cerebral de decodificar tudo. Classificar, ordenar, organizar. Em uma tentativa vã de significar o insignificável, de explicar o que não cabe explicação, de afirmar sobre o desconhecido. Tolo. De tão esperto, sabota-se, fugindo da sua propriedade mais pura de assumir que nada sabe e pouco compreende. O compreensível - se puder ser justo - lhe escapa em seu primeiro ato de pensá-lo. Ao pensar, por si só, já deixa de ver o que é invisível aos olhos - sentido tão valorizado aos que pensam demais. De todos os sentidos falta um que é todos e nenhum. E o único que sente para além de Maya - porque vai para dentro e para todos, por todos e por si. Mas acima de tudo, porque é o que é.  De volta ao ponto. O ponto é que o ímpeto humano não é o que o humano é. Ímpeto é impulso, fuga. Fuga tem esforço, o que so