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Ilha da magia

Do morro das aranhas ao morro da cruz, eu só não quero que essa sensação morra. É tão bom. Com um grunge de fundo tão familiar que me sinto em casa. O som que combina com sua voz grave e rouca de manhã, que combina com meu sorriso e com a minha surpresa de tantos elementos do meu gosto, tão particular, juntos. Sua gargalhada fácil como sua bermuda da Thailandia. Seu gosto pela vida ao falar de lugares que ainda não vi me salivam a mente. Você tem a peculiaridade de uma sensibilidade engraçada, no gosto por um incenso ou em um budinha feliz que te puxa um pensamento. Seu olhar em ondas como o mar de matadouro, de cor tão viva, mas que não cheguei a mergulhar...ainda. Seu tronco feito arte rupestre espontânea e natural, totalmente anatômico, autêntico, carregado de histórias e segredos. Ilha da magia. É como dizem, não é? Seu hábito forte no jeito falar; ironiza, arregala um pouco os olhos, esboça uma quase careta interpretando e depois ri. Não preciso nem de um dia inteiro de convivência para absorver por inércia e estar fazendo quase igual toda vez que brinco satirizando uma cena. Energizada, pego a estrada trazendo comigo o melhor da fusão da natureza com as sensações do corpo. Ilha das delicias do campo... e das belezas. Encantada sonho acordada revisitando a memória de um céu rosa e minha respiração tranquila. Vamos em paz.

Textos mais visitados

Corre ou Core

Eu não sei o que ocorre. Nem o que percorre em minha mente. Mas minhas bochechas queimam. Só pensando na possibilidade. Eu não tenho certeza. Mas na dúvida... Minhas bochechas ardem. Um frio, concentradamente gelado eletriza-me subindo pelo meio-fio de meu estômago, agitando minhas células que se aquecem em questão de segundos. Tento respirar normalmente, mas percebo que prendo a respiração e sinto que minha face enrubesce. O sangue agora se concentra veemente em minha cabeça e não mais se espalha normalmente pelo meu corpo. Momentaneamente meus pés formigam... A sensação se espalha pelos meus dedos, imóveis sobre a mesa, que param imediatamente de exercer qualquer movimento voltado para outra atividade. Rimos alto. Essa foi minha única saída. Tento espiar com rabo de olho, mas meu desconcertante nervosismo me deixa quente. Queria entender o porquê desse efeito sobre mim. Sinto-me imediatamente tosca e preocupada. Deveria eu estar assim? Acho que não. Mas meu descontrole é nítido e des

Carta aberta à vida

Queria escrever... pro universo, pros astros, pra energia que nos circunda, pras moléculas de glittler que inspiram em nós o espírito catulovers na vida, pra esse desejo louco e incansável, pra essa sede de vida, pra o que quer que seja maior ou mais forte que nós, ou ainda que sejamos parte disso. Enfim, seja lá o que for... convoco aqui simplesmente porque quero escrever. Seja lá qual for o motivo também, ainda que seja só para registrar que uma garota que nos seus vinte e poucos anos (já nem tão poucos assim) foi feliz. Muito feliz. Diga-se de passagem, hoje é capaz de ser um dos dias mais felizes da minha vida! E o mais lindo nisso? É que não há nenhum motivo especial para isso. Ou melhor, eu tenho muitos pequenos-grandes motivos especiais para isso. Foi um dia comum. Um dia desses especiais pra caramba, só que comuns. E olha que hoje acordei bem cedo! Mais que normal, fora do comum. Talvez não tenha sido um dia tão comum assim. Acordei com abraço, me espreguicei como a anos não fa

Platônico Reciproco

Estamos reinventando o platônico.  E sem nome do sentimento que vem na frente porque este não precisa necessariamente de uma definição. Nesse caso, ainda menos. Já que não chega a ser, algo que realmente seja. O platônico aqui não é porque só vem de mim, ou só de um lado. Ambos sabem. Ambos sentem. Ambos querem, mas o querem assim. Platônico porque ambos querem que não aconteça. Talvez o interesse venha justamente pela certeza de não ser. E sendo assim, ele – esse sentimento indefinido, sem forma, sem data, sem pressa, sem começo e porque não, também sem fim? – é platônico. Platônico no sentido que nunca virá a ser mais que isso. Mas um interesse comum em reparar no que o outro fala, e ter certa curiosidade nos pensamentos da pessoa. Um quase desejo que não é, porque um sorriso de admiração vem antes. E só. Por isso, platônico. Platônico por que se vive às vezes uma coisa ou outra em sonhos. Mas a realidade é muito menos espontânea. Platônico simultâneo de olhares que não se cruzam, m

unreal

sometimes I need to make an effort to come back to reality, I mean, what is reality? I feels much more like home when I'm inside my head with my own dreams and the ones that could possible understand what I want to say whithout saying anything. Even the ones that are not here anymore, but their energy will never be gone. Sometimes I catch myself thinking how it would be a conversation between Kurt and I, or maybe we do have conversations in a more ethereal way. well, if you believe in energy, I bet it can be more real than the "reality" we're actually living. routine, work, ambissions, abuses, so many stupid humans, so many unecessary hate. Kurt was right to avoid humans sometimes. Most of them just fake to socialize, and It doesn't make them any better and even less that will be the reason to make them feel fullfilled later. It all just shallow. hollow. As Kurt would say... too slick for me. I would rather a simple life, but real and autenthic them lots of thing

Urgente!

É urgente que as pessoas se amem Sem vergonha e sem tristeza É urgente que as pessoas não temam a felicidade Sejam quem são de verdade É urgente que as pessoas ouçam mais Sem julgar e sem falar demais É urgente que as pessoas sejam gente Por mais que se passem anos Não há nada mais urgente do que nós, seres, sermos mais humanos.

Viva, vestida de verdades veladas, viaja vagarosamente em vão pelo viés vago dos vínculos viris de virtuosos vícios venais. Venenoso vinho vem volúvel, viçoso vai vintém por vintém vetando vaidade, vedando vigilância Em veias de vez vaza vigorosamente vestígio da vulnerável vontade vulcânica vislumbrando vantagem de vasta volúpia variando, em valsa, do valente vil ao vanglorioso vândalo. Vertigem. Vácuo no ventre, vulto em vista. Vento veloz de veludo vinga vociferando verve a vocação do voo. Verbo vosso vibra vozes via vinco volume. Vapor vagueia vitorioso violando vigente verso.

Strangers

I love them so. Sometimes nothing could be better than those words, coming from a complete stranger. Strangers can be so warm. Things they say to you can be the most meaningful ones and make more sense than many other from known people you have ever listened. Sometimes, nothing can calm you down, unless a stranger's hug. Oh, that’s magical. You don’t have to say a thing, you don’t need to explain yourself, you don’t need excuses or forgiveness, you don't need to beg for a hug. Human compassion. They can feel your real feelings, just because there is no reason to disagree. Strangers. I’m never alone with them. I'm in this world, and everywhere, every tiny bit of it, they will be with me. I’m not alone at all. When nobody can understand you anymore, calm down, strangers will always be there. They listen, they see you, they look closely to your wet or dry eyes, and then, they give you all you need. You don’t need to give anything back, you don’t need to do anything to get some

A delicia (e a dor?) de viver

O maduro não é aquele que não sofre, que é forte como rocha – quem é verdadeiramente imune a qualquer coisa? O verdadeiro maduro é aquele que sabe sofrer, é aquele que sabe lidar com as diversas e perversas situações, é aquele que sabe conviver também com a dor e não somente com os sorrisos e as boas notícias. Aquele que não precisa ser irônico, sarcástico, frio ou duro para se sentir melhor. Pois é, nada fácil. O sofrimento agudo é porque não entendemos ou não nos conformamos. Sofrer não te torna menos gente. Menos homem, menos mulher. O que você faz com esse sofrimento sim é o que te decompõe ou te engrandece. Não temos que ter medo de sofrer. Não há como viver muito e intensamente sem se expor ao risco das dores e dos amores. Quem se protege do ferro, também se protege do belo. A vida lá fora nunca sessa. Mesmo que morramos dentro de nós. Não faça isso. A Vida é eterna. Uma eterna busca, portanto. Busca por novas experiências, novas descobertas. Novos rostos, novos gostos. Sempre b

Cá e lá, asfalto e areia

Me peguei numa daquelas manhãs com ciricutico. E logo cedo tinha mensagem sua falando de qualquer coisa mais banal que aconteceu por ai do que a minha vontade de que você tivesse acordado do meu lado para você dar um jeito na minha manhã que acordou te querendo. É aquele sossego que só você sabe dar, porque geralmente tudo me deixa mais inquieta e você sabe que eu não me satisfaço fácil. Mas você faz minhas pernas tremerem e tudo que quero é sossegar no seu peito. Eu até que me distraio bem nessa cidade grande, muita gente indo e vindo, muitas coisas para fazer, inúmeros jeitos de ir vivendo sem pensar toda manhã que bom mesmo seria ver o mar e te admirar em pele e desenhos tão bem colocados no seu tronco que passaria o dia espalhando beijos leves neles como contemplação. Muitas vezes quando você me manda qualquer coisa, quase mal importa o conteúdo, porque o que importa é me que faz lembrar que delicia que é quando a gente se encontra. É tão despretensioso. Uma surpresa boa te encontr