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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Na roda de Zouk

Sente-se pelas mãos, pelos dedos. Movimento. Movimento que te movimenta, que te leva, conduz, encena. É pela pose, postura, que se vê quem leva jeito; e quem te leva. O braço vai nas escapulas, mas o contato está no corpo. Os pés aflitos, porque já sente-se a batida antecipada e ainda não lhe veio o ritmo. Bochechas vermelhas, pegando fogo. O rosto inteiro. Mas a firmeza daqueles braços, já dizia em cochicho que não há conflito, é só se deixar sentir, e ir. Está ali, me levando e rodando para onde e como ele quiser. Logo de início, mexe meu corpo de tal forma que me fez quebrar de um jeito desconhecido para minhas censuras. Faz do meu corpo o instrumento que desenha o movimento de acordo com a suas pretensões. Junto, corpo a corpo, me quebra o quadril, faz de mim ondas em corpo. Podia sentir em mim o desenho das batidas. Faz a dança nascer dos braços que se cruzam, giram, me giram, trazem pra perto, levam e soltam sem soltar a sintonia. Deixa ir. Me puxa, me gira e gira. De giro em gir

Chegando a algum ponto

Sempre se chega a um ponto. Seja pelo amor, seja pela dor, sempre chegamos a um ponto. O amor com seu caracter inspirador, um tanto quanto devastador, consome ideias, cria sonhos, instiga expectativas, tanto quanto as destrói. É nesse ponto que ambos andam em paralelo, de mãos dadas, e por isso que de tudo chega a algum ponto quando se sabe o que se sente. E eu digo aos presentes que nunca se façam ausentes, porque só chega a algum lugar aqueles que sentem e os distantes são indiferentes.

Insano é quem esquece dos sonhos

Alguma vez já se perguntou o que realmente deseja na sua vida? São tantos os objetivos, regras e deveres que nos esquecemos que caminhos queríamos mesmo seguir. Nem sempre o que está na mão é o que queremos, nem sempre o fácil é o certo, nem sempre o que conquistamos era a intenção. Acabamos por achar que nossos sonhos são aqueles que foram introduzidos em nós por outros e não por nós mesmos. Aprendemos tanto a ouvir que aos poucos desaprendemos a nos ouvir. De repente o que quero pode ser tudo aquilo que me desaconselharam. E ai já não sei mais a que conselhos me prender. Já nem se lembra mais das coisas que você mesmo se prometeu, dos conselhos que na prática viveu e os percebeu válidos ou inválidos. Começamos a fazer movimentos desconexos com o nosso verdadeiro ser. Movimentos de impulso, movimentos de sistemática enraização de ideias e valores que talvez nem sejam os seus. O que realmente importa não é tudo aquilo que sempre te disseram, e sim tudo aquilo que você sempre sentiu.