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Mostrando postagens de março, 2011

Caos

O ser humano tem dois tipos de sistema: o da normalidade, e o do caos. É típico exagerarmos na carga de drama quando algum problema nos surge, vem daí a expressão “tempestade num copo d’água”. No entanto, quando a situação é realmente preocupante, ativamos um sistema para não termos que encarar essa realidade. Nosso subconsciente tenta nos convencer de que está tudo sob controle. É nesse momento que se instala a cegueira humana; a passividade frente a acontecimentos tão absurdos.

Viver é maior que isso

Não quero ser daquelas pessoas que acertaram muito e viveram de menos.  As pessoas são acostumadas demais a ter posse das coisas, mas esquecem-se que pessoas não são como seus objetos favoritos. Ciúmes não mede seu amor pelas coisas e nem por ninguém. A relação entre os indivíduos é muito mais humana que isso. Não limite-se a sentimentos menores. Saber viver cada momento no seu tempo presente, isoladamente, não significa que tenha deixado de considerar o que já viveu, ou o que ainda vai viver. Não precise de alguém para sustentar sua felicidade, mas divida a sua energia com alguém. Nunca deixa que nada e nem ninguém te esgote, mas que isso não te torne frio. Tire um sorriso daquela cara fechada. Faça aquelas maças rosadas de timidez ficarem vermelhas de calor. Não há receita para vida e nem quem julgue o que são os verdadeiros erros e acertos. Viver é ser livremente até onde vai seu espaço. Mas ser espontâneo não significa que seje inconsequente.

Arte em vida

Uma arte. Ele me desenha com seus dedos que escorregam deslizantes desenhando minha face. Fonte de inspirarão. Ele me cria com cor, calor, encaixe e temperatura perfeita. Seus olhos contornam minha boca e retocam as extremidades. A ponta de seus dedos me dá os detalhes de textura, curva, a leveza e cria em mim um sorriso suave de um leve puxar lateral dos lábios ainda unidos. Sou sua arte. O dorso de sua mão marca meus traços mais fortes...reforçando o queixo, a testa, o nariz, as maçãs. Com a palma umedece minha pele, me dá vida. Eis sua inspirarão, sua arte.

Me diz em pele, olho e saliva

De repente tudo me fez sentido. O diálogo que tínhamos era muito mais profundos do que o diálogo de palavras. Era nas palavras que me dizia com os olhos, com aquele beijo. Aquele beijo que de tão intenso, tão profundo, envolvente, ele era nosso sexo traduzido em meias palavras. Era um sentimento reduzido em saliva. Saliva recíproca, mútua, una. Era quase uma sensação de querer sugá-lo para dentro de mim para que nunca mais o perdesse. E nunca o perderia, pelo menos não dentro de mim. O diálogo racional me entretém, mas o que me instiga é o que me prende. É o silêncio, a ansiedade, a espera que me deixam maluca. É todo aquele conjunto de diálogos tão sem palavras, que se fizeram tão intensos que me tiram as palavras para tentar remeter a algo que eu nunca soube explicar, nunca soube entender. Mas senti intensamente tudo o que ele quis me dizer.