Cada vez que te vejo, te quero cada vez mais. E quanto mais te vejo mais intenso fica, mais fica. Mais de você fica. Em mim. O cheiro da sua pele agora é algo que me faz perder a linha. De raciocínio, de lógica, de vinho. A distância entre último vinho e essa cerveja gelada agora, foi um universo inteiro acontecendo aqui dentro, esse rebuliço de desejos galgados nas memórias que você imprimiu no meu corpo. Uma ansiedade de encurtar o tempo. De ter mais tempo. De criar o tempo. Uma conexão que se aprofunda cada vez que você se afunda em mim. De peito aberto, de certo, também quero provar de um tudo com você, até amanhecer, até acontecer de você me estremecer; muito mais que jambu, você faz minhas pernas trêmulas por segundos quase eternos de puro prazer; cada vez mais, seu prazer, cada vez mais picos com você. Uma intimidade que se expande e abrange todo meu ser, vai extrapolando os sensos e nada mais poderia ser tão intenso se não fosse você.
Eu não sei o que ocorre. Nem o que percorre em minha mente. Mas minhas bochechas queimam. Só pensando na possibilidade. Eu não tenho certeza. Mas na dúvida... Minhas bochechas ardem. Um frio, concentradamente gelado eletriza-me subindo pelo meio-fio de meu estômago, agitando minhas células que se aquecem em questão de segundos. Tento respirar normalmente, mas percebo que prendo a respiração e sinto que minha face enrubesce. O sangue agora se concentra veemente em minha cabeça e não mais se espalha normalmente pelo meu corpo. Momentaneamente meus pés formigam... A sensação se espalha pelos meus dedos, imóveis sobre a mesa, que param imediatamente de exercer qualquer movimento voltado para outra atividade. Rimos alto. Essa foi minha única saída. Tento espiar com rabo de olho, mas meu desconcertante nervosismo me deixa quente. Queria entender o porquê desse efeito sobre mim. Sinto-me imediatamente tosca e preocupada. Deveria eu estar assim? Acho que não. Mas meu descont...
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