Sentir frio as vezes nos faz bem. Deixar o vento tocar nossa pele. Sentir a pele se eriçar. O toque, o sopro do vento, o frio. O vento faz bem pra mente. Nos lembra de quem nós somos, e o quão frágil o ser humano é. É só o vento, entretanto congela nosso peito. Refresca a mente, e nos faz voar junto dele para lugares ocultos em nós, para sentimentos soterrados e congelados pelo tempo. Não é o tempo, é o vento. Sentir frio faz bem. Congelador de tristezas, refrescante às memórias, e conscientiz-a-dor para novas realidades.
Eu não sei o que ocorre. Nem o que percorre em minha mente. Mas minhas bochechas queimam. Só pensando na possibilidade. Eu não tenho certeza. Mas na dúvida... Minhas bochechas ardem. Um frio, concentradamente gelado eletriza-me subindo pelo meio-fio de meu estômago, agitando minhas células que se aquecem em questão de segundos. Tento respirar normalmente, mas percebo que prendo a respiração e sinto que minha face enrubesce. O sangue agora se concentra veemente em minha cabeça e não mais se espalha normalmente pelo meu corpo. Momentaneamente meus pés formigam... A sensação se espalha pelos meus dedos, imóveis sobre a mesa, que param imediatamente de exercer qualquer movimento voltado para outra atividade. Rimos alto. Essa foi minha única saída. Tento espiar com rabo de olho, mas meu desconcertante nervosismo me deixa quente. Queria entender o porquê desse efeito sobre mim. Sinto-me imediatamente tosca e preocupada. Deveria eu estar assim? Acho que não. Mas meu descont...
Comentários
Postar um comentário