Sempre se chega a um ponto. Seja pelo amor, seja pela dor, sempre chegamos a um ponto. O amor com seu caracter inspirador, um tanto quanto devastador, consome ideias, cria sonhos, instiga expectativas, tanto quanto as destrói. É nesse ponto que ambos andam em paralelo, de mãos dadas, e por isso que de tudo chega a algum ponto quando se sabe o que se sente. E eu digo aos presentes que nunca se façam ausentes, porque só chega a algum lugar aqueles que sentem e os distantes são indiferentes.
Eu não sei o que ocorre. Nem o que percorre em minha mente. Mas minhas bochechas queimam. Só pensando na possibilidade. Eu não tenho certeza. Mas na dúvida... Minhas bochechas ardem. Um frio, concentradamente gelado eletriza-me subindo pelo meio-fio de meu estômago, agitando minhas células que se aquecem em questão de segundos. Tento respirar normalmente, mas percebo que prendo a respiração e sinto que minha face enrubesce. O sangue agora se concentra veemente em minha cabeça e não mais se espalha normalmente pelo meu corpo. Momentaneamente meus pés formigam... A sensação se espalha pelos meus dedos, imóveis sobre a mesa, que param imediatamente de exercer qualquer movimento voltado para outra atividade. Rimos alto. Essa foi minha única saída. Tento espiar com rabo de olho, mas meu desconcertante nervosismo me deixa quente. Queria entender o porquê desse efeito sobre mim. Sinto-me imediatamente tosca e preocupada. Deveria eu estar assim? Acho que não. Mas meu descont...
Quero estar sempre presente.
ResponderExcluirVocê é uma das exceções que mesmo na ausência nunca será indiferente.
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