Me tocou como cordas de um violão angelical. Se é que anjos tocam esse instrumento. Doce e suave fez violão soar como arpas, violinos ou qualquer outro desses objetos capazes de tocar a'lma subitamente quando acariciados. Ele faz carinho musical. Som macio, como sua barba, leve, porém não falha, porque cumpriu muito bem sua função. Tirou de mim um sorriso e alguma sensação dessas que não sabemos descrever bem. Assim como não sei explicar como o seu violão me parecia qualquer outra coisa mais angelical e sublime que tantos outros tão tocados por aí.
Eu não sei o que ocorre. Nem o que percorre em minha mente. Mas minhas bochechas queimam. Só pensando na possibilidade. Eu não tenho certeza. Mas na dúvida... Minhas bochechas ardem. Um frio, concentradamente gelado eletriza-me subindo pelo meio-fio de meu estômago, agitando minhas células que se aquecem em questão de segundos. Tento respirar normalmente, mas percebo que prendo a respiração e sinto que minha face enrubesce. O sangue agora se concentra veemente em minha cabeça e não mais se espalha normalmente pelo meu corpo. Momentaneamente meus pés formigam... A sensação se espalha pelos meus dedos, imóveis sobre a mesa, que param imediatamente de exercer qualquer movimento voltado para outra atividade. Rimos alto. Essa foi minha única saída. Tento espiar com rabo de olho, mas meu desconcertante nervosismo me deixa quente. Queria entender o porquê desse efeito sobre mim. Sinto-me imediatamente tosca e preocupada. Deveria eu estar assim? Acho que não. Mas meu descont...
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