Sempre que tinha sonhos como este - raros, com lacunas de anos entre um e outro, mas que insistiam em voltar - ela não queria acordar. É como se soubesse como era o beijo dele sem saber. Era como se soubesse como flutuaria, sabendo pelo pouquíssimo que sabia. Via nele uma ilha de mistérios e filosofias concretas que enchiam seus olhos de sonhadora nata. O conheceu sem o conhecer desde muito pequena. Ainda nem entendia os conflitos e complexidades da vida. Era apenas uma menina tentando buscar uma inspiração diária. Ou algo que não pudesse compreender completamente para tomá-lo como desafio. Não lhe faltavam opções, mas entender alguém é algo sempre muito mais instigante. Ele a instigava. Desde de que ouvira seu nome pela primeira vez. E ainda mais quando as histórias com ele circundavam seus ouvidos. Isso aumentou quando o viu. Esse movimento talvez não tenha cessado em nenhum momento. Conversas, desde muito cedo, não a saciavam. Elas lhe davam...